A FADA E O FAUNO
Findo o doce toque da canção plangente diz o Fauno à sua amada e bela ninfa, entre as brumas perfumadas da nascente que espargiam a nuvem fresca de sua linfa: - Doce Náiade! não há volta possível do caminho escolhido, em comum, e a que todos chamam inadmissível: nossos dois mundos tornados só em um! Pensa bem, Náiade minha - no destino! Se recuas, de volta à infelicidade, a nóis dois reservarás o desatino, na voragem de uma amarga inverdade! Tu, num mundo que não te é condizente; eu, em vida que baqueia no vazio! A tua vida se esvaindo, evanecente; E aqui morre um carvalho, - só! De frio!*... (Excerto de A Fada e o Fauno III - Conto do Reino Encantado) *O texto é discurso de um Fauno que, no Reino Encantado dos Duendes, é o guardião das árvores, nutrindo-se de sua vida. Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 25/06/2007
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