Zênith

"Estar no mundo sem ser do mundo"

Textos


INCONVENIENTE, MAS VERDADE!

A exuberância natural é um dos meus assuntos. Quem acompanha meus artigos sabe. Por afinidade espontânea, gastei toda uma parte da minha vida estudando, por identificação pura, os preceitos da Teosofia, cujos representantes e estudiosos possuem e apuraram uma identidade enorme com a banda invisível da vida do reino dos elementais, tendo como pano de fundo toda a valiosa obra de Helena Blavatsky, mãe da Doutrina Secreta. De modo que Leadbeater, Besant e Hodgson são meus velhos conhecidos, por assim dizer.

Por conta disso, por minha vez acabei também apurando a sensibilidade para a percepção das coisas deste reino evolutivo peculiar, bem como aguçando a capacidade interativa para com ele, metade por inclinação amorosa natural, metade pelas características mesmas da sensibilidade mediúnica. Sempre tive mania por jardins floridos, por árvores, montanhas, mares, e uma bela cadeia serrana como a de Teresópolis sempre teve a capacidade de, só com a sua visualisação, me elevar às alturas da exaltação espiritual!

Assim, entre conversas com plantas do meu jardinzinho particular e adoração por toda a magnitude natural que nos cerca, com a sua esmerilhada representação, coisas curiosas sempre acontecem: minhas flores ressentem-se da minha ausência mais prolongada e "se entristecem" no seu aspecto, e há pouco convenci-me definitivamente de que a presença humana repleta de amor pelas coisas de Deus influenciam decisivamente para o bem estar dos componentes da botânica, por exemplo - quando constatei que uma árvorezinha florida de amarelo, mas mirrada, quando da minha mudança para minha nova residência há mais ou menos dois anos, e estando situada bem à frente de minha varanda, misteriosamente "robusteceu" e, no decorrer destes dois anos, refloriu, desenvolvendo-se - viçosa, hoje é uma bela árvore repleta de ramagem odorífera, proporcionando muito mais beleza e frescor àquele trecho de rua onde moro - tudo isso depois que comecei a, ostensivamente, "namorá-la e admirá-la", torcendo pelo seu embelezamento saudável!

Tudo isto tem uma implicação relacionada ao documentário ao qual talvez muitos dos meus leitores tenham assistido: "Uma Verdade Inconveniente", no qual Al Gore, ex-candidato à presidência dos EUA, expõe com uma franqueza lúcida e - chego a arriscar - tocante, o grau de gravidade que envolve o problema ambiental, no que diz respeito ao aquecimento global e suas conseqüências lamentáveis, bem como a responsabilidade do homem na eclosão de um processo auto-destrutivo que lhe cabe, por amor da ética, da moral, e mesmo da sobrevivência humana no planeta, reverter!

Todo o tema é muito extenso para ser discutido no âmbito de um só artigo, envolvendo aspectos que consumiriam uma série inumerável de textos - a intenção, portanto, aqui, é abordar a questão apenas deste aspecto peculiar: não se trata somente do dano desencadeado a nível da emissão brutal de carbono para a atmosfera. Há uma nuance até então pouco ou nada considerada, mas real: já foi demonstrado, inclusive cientificamente, que uma planta, por exemplo, se ressente de uma presença hostil humana; e isto, como mencionado acima, já o comprovei por conta própria na sua versão inversa - as plantas robustecem com cuidados especiais e energização amorosa. Que será, então, meus amigos, da reação no nível energético do equilíbrio ambiental planetário com o impacto da hostilidade ostensiva na exploração humana de seus recursos naturais?

Que será que sente uma árvore secular a ponto de ser implacavelmente derrubada nos desmatamentos descontrolados?! Não nutram dúvidas de que, assim como as plantas "choram" com a ameaça às suas vidas (já vi documentários onde é auscultado o "zumbido" peculiar que emitem quando alguém se lhes aproxima com intenções depredativas), também o fazem as árvores!

Não é sem fundamento a lenda mitológica das civilizações antigas, fazendo referência à punição da deusa Ceres ao homem que ameaçou cortar uma árvore impiedosamente, ainda que debaixo do choro doloroso da Dríade (divindade feminina que mora nas árvores e que as cuida) que a cuidava! Ceres o amaldiçoou enviando-lhe a Fome, que o fustigou por todo o resto de sua vida! Qual a implicação milenar contida nestes mitos?!

Parece-me que os antigos dispunham de uma sabedoria útil em qualquer tempo - mesmo que ainda não pecassem pela emissão descomunal de carbono para a atmosfera, desencadeando a doença planetária grave da qual nossas gerações são testemunhas, sob os efeitos caóticos de estações confundidas e catástrofes climáticas em ordem crescente! Os antigos, pois, sabiam! quem desmata, passa fome!

Assim, meus amigos, é este certamente o estrago que vimos provocando sem consciência de sua dimensão total: a banda energética das coisas da Natureza (de resto a mais poderosa!) também reage à agressão ambiental. Chora, sofre, se debate; busca resgatar seu equilíbrio e, com a eventual intercessão amorosa humana, vence e floresce, magnífica!

Mas, ainda mesmo sem contar conosco, esta vida de soberba magnitude também se refaz - todavia, como já podemos constatar nos nossos dias, lançando mão apenas dos seus próprios e eficientes recursos: tentando extirpar de si, por intermédio de todo o tipo de abalos e reformulações ambientais plausíveis, o mal gerador da sua moléstia; o "vírus" propagador da doença fatal; o hóspede indesejável!

No caso, nós!

É hora de refletir...

Com amor,

Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 20/06/2007
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