VERSOS AO INVISIVEL A você, talvez um poema em tom maior... Se aqui estivesses, entre o meu concreto das visões, de um fraseado sem pausa... Mas tu vives, agora, no silêncio do stacatto. Então, talvez, um poema em tom menor... Versos em semitons imateriais... Indefiníveis, transcendentes, atemporais... Mas, então, não te justificaria. Pois és fusão perfeita do concreto e do invisível à imperfeição temporária dos pobres sentidos... És presença mais palpável que o visível, na solidez pungente do tempo... És o carinho mais sensível que o mais suave dos toques materiais. És bondade e luz... Amor e sensibilidade, que só alguém outrora amalgamado pelas dores e louvores deste mundo em luz e sombra pode algum dia vir a ser! A ti, então, que de há muito és luz, e cor, e perfume e sabor, e música, e o mais elevado Amor das sublimes esferas... este poema... Não mais, por ora, que gratidão, e, da alma, o mais terno ardor! De entre as sombras e incertezas de dias nevoentos e claros, onde somente entrevejo alegria e a felicidade sublime quando iluminada pela existência de uma sinfonia regida pela tua presença, com os teus gestos de cura, ternura, consolo, brandura, compaixão, paciência... Em perfeita harmonia... Semitons celestiais da alma. O mais singelo e excelso torpor... À Iohan Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 17/03/2013
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