NOSSO SEGREDO
Bendito ou maldito, será este nosso segredo, que tu me relembraste numa noite inesquecível?! Bendito! É bendito! Mas julguei que era tão cedo: lembrar de algo assim, de modo doido, inconcebível! Calar é tão difícil; resguardá-lo só comigo! Escapa, extravasa, dos meus poros, dos meus gestos! "O nosso amor não é nem ledo erro, nem castigo; é o verdadeiro amor, sob os fantasmas manifestos!" Pra quê, luz da minha vida, ocorreria isto agora? Mas o teu argumento é irrefutável, contundente! Dizes que a verdade não merece mais demora; que não nos importemos com a versão só aparente destes todos que crêem numa falsa realidade; "Contanto que, comigo, você fuja da ilusão, sem se importar com o peso do que é uma inverdade; este nosso segredo nos garante a liberdade, o direito à vivência do que é verdadeiro e são!" E desde então, amor, enxergo a vida transparente, sustentada pela estranha força da tua vida! Mas num tal mundo fosco, isto é ser quase demente: nossa união, real - e a vida, farsa bem vivida... (Sem data) Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 11/12/2006
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