Zênith

"Estar no mundo sem ser do mundo"

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PODER HOLOGRÁFICO - Parte 2


Numa de minhas obras mediúnicas já publicadas, em 2005, Elysium, Uma História de Amor Entre Almas Gêmeas, na qual há uma passagem onde os personagens palestram sobre o papel da competitividade tão propalada no meio material em lugares das dimensões invisíveis como a cidade espiritual descrita no livro, existe uma menção maravilhosa a respeito de como, nestas esferas e dimensões mais avançadas da Vida, as prerrogativas econômicas e consumistas da Terra são modificadas noutros parâmetros.

" - Tudo é caso de se reposicionar o ângulo de visão, Cássia. Por que o conceito de competitividade deve se prender a parâmetros egoístas? (...) Sou o melhor, faço melhor, por isso mereço o melhor? Acaso as dádivas da existência haveriam de se destinar às necessidades de apenas alguns escolhidos? Há um egoísmo muito sutil, sub-reptício, por debaixo desta coisa de ser o mais competente. Mais das vezes, na Terra, o que não é tão competente quanto o vizinho está tolhido pela inadequação de suas funções, ou pelo mau aproveitamento de suas aptidões na sua respectiva aplicação. Forneça-lhe os devidos recursos e situações adequadas, e a questão se deslinda por si. De qualquer modo, as oportunidades devem caber de direito a todos, que de todo modo, no nosso lado da vida, vão ter naquelas paragens que se lhes compatibilizam de direito. (...) assim, a competitividade aqui manifesta antes motivação generalizada e feliz de cada habitante atuar sempre para o melhor, no melhor de seus esforços, para benefício mútuo(...) Não há porque se exigir mais, quando se tem a consciência de que tudo está, efetivamente, ao nosso alcance.
- Então, literalmente, uns suprem as necessidades dos outros, e afinal a ninguém falta nada?
- Sim! - Lídia confirmou, risonha.


E em página anterior a mesma personagem simpática esclarece:

- (...) Esteja certa de que ninguém em Elysium é mal aproveitado, ou se encontra inadequadamente situado em suas funções. Porque cada ser da Criação divina é jóia única em todo o Universo, dispondo de valor também singular e, por aqui, sempre devidamente reconhecido e colocado em relevância.

O artigo que publiquei ontem a respeito de ufos e do poder holográfico referido por Alex Colier na íntegra de seu discurso, do qual mencionei um excerto, me remeteu de imediato às recordações deste trecho de nossa obra, que nada mais é que uma confirmação singular destas afirmativas do ser de Andrômeda ao ilustre palestrante.

De fato, Colier nos revela que nenhuma civilização mais avançada utiliza mais a estrutura de poder piramidal obsoleta ainda vigente na Terra. Ele explica que, nestes outros mundos mais desenvolvidos, desde a infância o conhecimento é transmitido com equanimidade ao indivíduo, como em ondas sucessivas concêntricas, na formação igualitária de pessoas que, assim, no tempo certo, oferecerão sua contribuição para a manutenção da qualidade de vida visando todos os seres num sentido de unidade, e não de hierarquias.

Nestas civilizações, o egoísmo feroz que ainda grassa em sociedades atrasadas como a nossa de há muito já foi transcendido para deixar lugar a esta perspectiva de vida holográfica, na qual cada indivíduo possuí informação e conhecimentos igualitários, apresentando-se, assim, devidamente preparado para dar continuidade ao louvor da Vida em seu mundo reconhecido com justiça não como posse, mas como um dos lares que acolhe raças planetárias! Não países em separado que, somente por possuir idiossincrassias diversas - nada embora com a mesma Vida latejando em si - são desconsiderados e tornados em castas necessariamente inferiores ou superiores, a quem se precisa vencer e oprimir a todo custo.

Num trecho de sua conferência, Alex Colier (Avalon Project) refere uma passagem interessantíssima de seu contato com extraterrenos, na qual eles questionam o uso do dinheiro em nosso mundo:

Na verdade, muitos, muitos anos atrás fui solicitado por Morenae e Vissaeus para fazer uma breve apresentação sobre o dinheiro. Eles já sabiam disso, mas fiz o melhor que pude.

Quando acabei, Vissaeus apenas olhou para mim e disse: Não entendo.

E eu disse: O que você não entende?

Ele disse: não entendo porque você tem que pagar para viver em um planeta em que você nasceu.

Essa coisa pequena o tira completamente fora de prumo. Pela primeira vez, você começa a pensar: Caramba, o que lhe pareceria não ter uma moeda? Você sabe?

Nas civilizações avançadas: todas as necessidades deles são atendidas. Todos as necessidades diárias do padrão de vida deles são atendidas pelo governo, sem amarras e, então, você doa o seu tempo e os seus conhecimentos e as suas habilidades para fazer algo que você quer que todos se beneficiem. Não estou falando de comunismo. É algo maior do que isso, mas precisamos de alguma ajuda para definir o que é.


Eis, então, a semelhança flagrante entre o exposto pelos nossos amigos cósmicos e a confirmação que transcrevi acima, extraída de uma obra anterior de nossa autoria, diferindo apenas no detalhe de que a personagem explica sobre estes parâmetros idênticos de consideração das coisas num mundo dimensional adjacente à materialidade, numa das cidades espirituais que circundam o orbe na qual, pelo visto, os seres que lá aportam após a desencarnação já se sintonizam intimamente com este conceito superior de coexistência voltada a um bem comum.

De fato, por que pagar para viver em um mundo no qual você nasceu? Se bens comuns existem gratuitamente e desde sempre no planeta, quais a água, o alimento, a energia pre-destinados à manutenção da Vida, e sendo nós não mais que uma expressão a mais desta própria Vida, como fazer disso instrumento de opressão e privilégio sobre alguns, em detrimento de uma maioria esmagadora de outros que diariamente morrem de fome, de sede, ou sem as condições mais comezinhas de sobrevivência que mais não constituiriam que direitos? Quem disse ao homem, e em qual momento, que lhe caberia o direito de criar um dispositivo tão destrutivo quanto o fator monetário, sob pretextos bem elaborados que acabaram se tornando em leis inquestionáveis, embora ocultando por debaixo de sua aplicação prática um potencial destrutivo monumental para vários componentes de uma mesma raça planetária - sob este único apanágio: o de que apenas os que detêm o poder econômico, comercial, e de consumo, compra e venda, usufruem de dons não mais que inerentes à própria essência da Vida, e como tais devendo, por justiça pura e simples, ser assegurados a todos?!

O poder holográfico, adotado por povos mais avançados, e que garante a toda uma raça com equanimidade o usufruto do dom da Vida - e que certamente conquistaram após transcender os mesmos degraus ríspidos de evolução que trilhamos agora, razão pela qual respeitam integralmente, sem intervenção direta, o nosso aprendizado pelo uso do livre arbítrio, por mais enganoso e sofrido que o constatem - será, definitivamente, a alternativa final, para que a Terra enfim deixe o fosso aparentemente sem fundo no qual se atolou com a sua atual estrutura piramidal falida (poder, conhecimentos e recursos assegurados num sistema desigual, de cima para baixo), para dar lugar ao mundo mais justo e de real felicidade.



 
Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 08/08/2011
Alterado em 08/08/2011
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