ACIMA DESSAS COISAS...
Fatalmente chega o tempo do máximo aprendizado; descobrir-se acima de coisas da consistência dos ventos: visões, sons, vãos alaridos - meus meros, cavos momentos... Acima de sentimentos que, fora chover num molhado, nada me acrescentaram que não fauna de sofrimentos... E então se atinge a hora da transparência sem véus... as coisas são como são - em altos e baixos alados: gritos loucos de alegria, mil sofrimentos calados, e das causas destas coisas, quem nos julga ao céu, ou réus? Se céus ou chão não são dados, caros meus - são conquistados! A esta altura da vida, sobre a linha do horizonte, tempestades que se dissolvem, revolvem-se paraísos; mais na frente vejo dores se convertendo em sorrisos... Só permanece uma dádiva - esta não foi com Caronte! A única e livre verdade, entre muitos sons indecisos ... É o que se sustenta vivo, e acima de tudo mais no cerne mesmo da vida, que me lateja escondida, onde vai tudo, e se esvaí, e onde a dor não tem guarida, espancada nas tormentas das procelas, dos vendavais... No profundo silêncio d'alma - ali! - a dádiva escolhida!... E acima dos panoramas, sem alvo ou sem direção, finalmente atinjo um cume de calma e serenidade; desaparece a distância, tempo, espaço - a minha idade!... Duas vidas que se fundem na luz do meu coração: e isto, enfim, é ser feliz - na lendária eternidade!... Carinho a todos, DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS. PROIBIDA A REPRODUÇÃO, CÓPIA OU PUBLICAÇÃO SEM A EXPRESSA AUTORIZAÇÃO DA AUTORA Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 04/10/2006
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