Zênith

"Estar no mundo sem ser do mundo"

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"QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊ!"

Esta semana, por causa de um vídeo humorístico desta dúbia internet, fui atirada às verdes lembranças de meus treze anos, quando obtive o primeiro - e definitivo - contato com as revelações ditas "Jedi" da "Força". O vídeo mostrava uma insólita Princesa Leia dentro de um vagão de metrô nos Estados Unidos, em horário de grande movimento do dia. Sentada, naquele seu vestido branco, os cabelos penteados à moda conhecida da saga, como dois fones de ouvido, lia, absorta, uma revista de capa colorida - Rebelião Galáctica! - que um velhinho entre estupefato e risonho a seu lado tentava xeretar, inclinando-se para frente ao mesmo tempo em que tentava ser discreto e não dar na pinta de que não estava entendendo nada daquilo, acontecendo em meio ao cotidiano enfadonho de um metrô cheio numa cidade americana. Não sabia que mais estupefato ainda ficaria nos momentos seguintes, quando, durante a parada na próxima estação, um magote de soldados imperiais invadiria o vagão adentro, de rompante...

Diante da perplexidade ainda maior do velhinho e da atenção agora crescente dos demais passageiros entre surpresos e aturdidos do inusitado da situação, os soldados, metidos nas famosas e legendárias armaduras brancas, cercam a princesa que, sem demonstrar surpresa, se deixa apreender e ser levada até a porta, escoltada - até a próxima estação, onde as portas se escancaram, já ante o vagão em peso em estado de completo pasmo, para então entrar... Darth Vader!

As risadas, aí, não puderam ser contidas; e um sem número de celulares de passageiros presos entre a hilaridade e o encanto surgiram de improviso, de dentro de bolsas e acessórios, com todos clicando o enter das câmeras. Impassível frente à platéia hipnotizada, Darth Vader prossegue incólume, encenando seu script de aprisionamento da Princesa. Os atores improvisados repetem todo o diálogo do filme, já fartamente conhecido por fãs da saga e pelo público geral, arrematando:

- "Não se faça de boba, senadora, você faz parte da Rebelião e é uma traidora! Levem-na!"... - comanda aos soldados, com gesto brusco. O trem a esta altura para na próxima estação, as portas abrem. E a bizarra tropa irrompe estação cheia afora, agora com a estupefação de quem ia entrando ou passando. Duas crianças pequenas, de gerações recentes que não compartilharam daquele "há muito tempo atrás numa galáxia muito, muito distante..." empacam de chofre na porta, recuando contra a mãe também abobalhada vindo atrás. Olhinhos esbugalhados, esquadrinham aquele Darth Vader ameaçador irrompendo pela plataforma, o trem ainda dominado pelo barulho de gargalhadas e comentários eufóricos de quem tinha presenciado à encenação improvisada. Depois, conferem o interior, inertes, indecisas - entrar ou não entrar?! O que fora aquilo?! - sem repararem que a mãe, por detrás, também sorria...

Ri com gosto! Basta uma coisa dessas para que nos lancemos a uma viagem longa, distante, e a belas e profundas reflexões.

Na época em que Star Wars foi lançado no Brasil, nos idos de 1977, eu, uma menina de apenas treze anos, não possuia o refinamento intelectivo suficiente, que hoje me oferece a certeza de que George Lucas, o pai fecundo desta saga cinematográfica, não foi pura e simplesmente o criador de um arrasa quarteirão bem sucedido do ponto de vista industrial-financeiro, que conseguiu o feito raro de arrebatar mais de três gerações de seguidores ardorosos posteriores àquele primeiro filme responsável por uma virada definitiva no conceito da antigamente denominada ficção científica. Porque até esta definição, hoje, é obsoleta, em se considerando que raios lasers, hologramas, vida extraterrena e hipervelocidade da luz já são assuntos familiares e quase que debatidos em botequins, e por intelectos nada simplórios.

Assim como conceitos como o que compõe o fundo, a grande mensagem - o cerne dos seis filmes da saga Star Wars - a Força!

Costumo dizer que, à semelhança de Tolkien, criador de todo um mundo distinto na sua trilogia do Senhor dos Anéis, George Lucas, que por sua vez foi além e criou multiversos, não são humanamente "normais", naquela visão cotidiana da média das massas de população que nascem, vivem e desaparecem de sobre o nosso orbe. Há coisa grande por detrás do que fizeram usando o instrumento da arte cinematográfica - mesmo que, talvez, não detenham disso nenhuma consciência. E ainda assim, arrisco que "algo mais" neles mesmos sabe! Sabem bem quem são, o que empreenderam, e o que desencadearam a partir da magnitude incomparável de seus trabalhos! E este "algo a mais" é justamente o que está inserido neles como em todos nós, e que pertence àquele universo maior, mais vasto e abrangente da Força, ensinada a Luke Skywalker por Obi-Wan Kenobi, e de um modo diverso por Gandalf ao então Frodo, do Condado dos Hobbitses.

Trata-se daquela parte maior, eterna de nós mesmos, que tudo conhece e vive imersa na Energia Criadora Universal! Somente que a parte consciente da maioria ainda não utiliza esta dimensão desconhecida com a desenvoltura com que George e Tolkien a materializaram ao nosso entendimento por meio de lentes de aumento, cheias de cores e de efeitos deslumbrantes, para que, através dos fortes arquétipos existentes no inconsciente de todos, eclodissem certas noções vitais urgentes, necessárias à esta virada de eras na qual já nos vemos mergulhados de cabeça!

Tenho a impressão de que, antes de virem novamente a este mundo, alguém se reuniu com estes dois diretores - mentores, amigos das dimensões extrafísicas - e avisaram: "Escutem, uma mudança monumental no mundo vem por aí. Vocês concordaram em usar as suas habilidades da melhor forma para colaborar de forma positiva e de maneira abrangente, maciça, e que deixe como herança uma modificação de parâmetros definitiva nas gerações que estão por vir! Das próximas décadas em diante os progressos já esperados da ciência e da mentalidade humana, em processo, farão com que toda esta gente obrigatoriamente tenha que começar a despertar e lidar com as realidades maiores das energias, da espiritualidade e da grandiosidade da Vida para além da percepção estreita que disso detiveram até hoje. Que tal usar suas vocações criativas com grandiosidade compatível, que ilustre estas maravilhas até então desconhecidas de grande parte destas almas até então ainda infantis, imaturas do que desconhecem para além e para fora dos paradigmas cartesianos postulados, até há pouco, por uma ciência que já foi de ponta, mas a partir de agora não mais?"

Guardo a nítida sensação de que foi deste nível a conversa com homens como George Lucas, J. Tolkien e artistas outros, do mesmo quilate, antes de sua atual vinda para este mundo das limitadas percepções sensoriais. Afinal, a ciência, de um lado, vem contribuindo com os novos conceitos quânticos; as variadas vertentes da fenomenologia espiritualista mais profunda, os estudos ufológicos, de outro. Como, pois, a Arte - a verdadeira e valorosa Arte - contribuiria, a partir de nações mais fortalecidas material e tecnologicamente, favorecendo-nos a presenciar, nas telas de todo mundo, estes espetáculos prodigiosos emoldurando histórias fascinantes - com "h", mesmo! - que progressivamente nos vão revelando novas Verdades Universais?

Que a Força esteja com todos nós! Sempre!
Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 27/07/2010
Alterado em 28/07/2010
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