REDE
Veio o Sol nascente naquele horizonte
do meu olhar baço, perdido em mormaço...
Neblinas profusas em cores difusas...
e eu adormecendo, de tanto cansaço!...
Devagar, ao longe, vem detrás do monte
o meu Sol em luzes de versões confusas;
doía a lonjura, a noção de espaço!
Banhavam-me o espírito as vozes e escusas;
cegavam-me as cores brilhosas da ponte...
O ser que me surge é divino e escasso,
seu verbo é basco; a voz, ondas reclusas...
Seu olhar, indizível; nada que se conte...
Rede, Sol... seu toque!... E enfim o pedaço
do pulsar da vida, escondido em recusas!
Vida à qual me rendo ao seu cerne, à fonte
do Amor que me acolhe em seu terno regaço...
"Rede" - ao mistério nascido em 84
Com amor,
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