Zênith

"Estar no mundo sem ser do mundo"

Textos


PARAÍSO

Aquele túnel do tempo me lançou para longe, para mais além...
pra lá, ou pra cá, ou para onde nunca tinha ido alguém, ou ninguém;
lugar banhado com o sol da nossa mais bela e mais doce esperança,
onde o mais recôndito sonho vem,  fica, domina, sem erro ou tardança!
Ali, vi-me imersa na época eterna da minha maior alegria!
Ali era sempre tão jovem, e tudo era festa, e tão sem nostalgia...
E foi bem ali que encontrei o inencontrável, à espera, num vasto jardim,
sorrindo: um sorriso de eras, tão familiar, tão amado por mim!
Um todo de mim venerado, no olhar de criança, na beleza nua
de fora, de dentro: o segredo da chave que sempre, de mim, fará tua!
E eu disse: isto é um absurdo! E eu sei, todavia, que não é um sonho!
Não é! E enfim eu enxergo, da realidade, o engodo medonho!
Como pude achar que era vida 
viver escondida
da felicidade?
Purgando a ausência da cor, do amor; sofrimento, aguando saudade?!
Entrei neste túnel do tempo que me devolveu a noção, o sentido;
onde te achei, e ao meu céu,  para então, desta forma, ter sobrevivido!
E a luz, e as flores, perfumes, paisagens, aragens, e a tua presença!
Fecho, pois, o túnel, sem volta - é o meu Paraíso! Com a sua licença...

Com amor,

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Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 29/07/2006
Alterado em 26/09/2006
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