Zênith

"Estar no mundo sem ser do mundo"

Textos


Semana passada recebi talvez que o mais belo pps já visto sobre o Natal, em formato de animação. A Sagrada Família aparece sozinha, ali, apenas cercando o Menininho de Luz. Maria, José, Jesus. Uma visão de paz e tranquilidade. Então, súbito começam a cair em torno da família entretida com o angelical bebê sacolas e pacotes de presentes. Um, dois, três... A família, indiferente àquela anomalia em torno, prossegue se movimentando centrada em torno do principal, do nenénzinho que representa todo o sentido do que hoje entendemos como Cristianismo, e quaisquer datas celebrativas que lhe digam respeito. E seguem chovendo presentes, de todos os tamanhos e formatos...

Então a Sagrada Família começa a sumir no meio de todos aqueles pacotes. Vemos que ainda se movem, embevecidos com Jesus, mas quase já não aparecem às nossas vistas. E prosseguem chovendo pacotes e mais pacotes. Até que, quase a ponto de desaparecerem por completo, José e Maria - certamente incomodados daquilo tudo, daquela ausência de paz em torno do Menino que no nosso mundo desde sempre turbulento foi, é, sempre será o ícone maior do que seja a autêntica Paz... de repente, eles se esquivam, saem do meio do estranho amontoado de pacotes, deixando a cena, Maria carregando o nenénzinho ao colo!

Jesus sempre será, a todo o tempo, a razão maior do que hoje conhecemos como a data natalina, nada embora o exótico tumulto desvirtuado que se forjou em torno disso para justificar a exarcebação consumista observada atualmente em torno deste acontecimento. E, ao nos referirmos a Jesus, é ao que, de fato, Sua Mensagem representa para a melhoria de nosso mundo e de nós mesmos comos seres humanos - justamente tudo o que lastimadamente vem sendo relegado a segundo plano de maneira clamorosa, em prol da prodigalidade de abastança gastronômica e comercial: nossos melhores sentimentos e atitudes em relação ao mundo que nos cerca e ao nosso próximo; harmonia familiar e social; compaixão; fraternidade; a conquista do se coexistir pacificamente com os povos que se espalham pelo nosso planeta, com base em respeito mútuo, compreensão, entendimento que nos conduza a uma convivência pacífica com quem quer que seja, e sejam quais forem crenças, etnia, entendimento da Vida, já que, perante Ele - Jesus! - aquele que não se reconcilia com seu semelhante antes de apor a oferenda no templo do Pai, certamente não é digno deste Reino dos Céus que, também certamente, não discrimina ninguém em função de capacidade financeira maior ou menor, origens deste ou daquele país dito de primeiro ou terceiro mundo, cor de pele... antes acolhe cada qual indagando-lhe o que possuí de útil e de bom dentro de si!

É de se imaginar o que seria de Jesus hoje, dia 24 de dezembro de 2009, enveredando insuspeitado entre nós a observar em volta o que foi feito da Mensagem que nos deixou há tanto tempo, já que, há dois mil anos, não se fez Ele presente entre nós e nossas agruras involuídas para incrementar interesses materiais e consumistas - pois outra das máximas que pronunciara como legado precioso para todas as fases de nossa permanência na Terra proclama justamente que busquemos em primeiro lugar o tesouro que não enferruja e que a traça não corrói - aquele tesouro dito como o exato Reino de Deus, que não se verá aqui ou acolá, pois que o Reino de Deus está dentro de vós!

Que faria, pois, Jesus, entre chesteres e ceias fartas, e ao mesmo tempo ante habitantes de calçadas e de ruas, de crianças africanas morrendo à míngua neste nosso mundo farto, mas de civilizações famélicas, egóicas? Que diria Ele de uma tal celebração justamente de Sua data natalícia, diante de tanta contradição?!

São coisas repetitivas, estas, redundantes, que, estamos certos, a cada Natal são pronunciadas e lembradas pelos que, dentre os movimentos inconscientes das massas reencarnadas neste mundo, ainda se apercebem e buscam manter e nutrir, em si quanto na sua convivência familiar, tal autenticidade de princípios. E é com base nisto, amigos, que lhes acenamos com um desejo sincero em prol de um mundo melhor para todos, todavia, na certeza muda, contida, de que, em tendo em conta a convicção de Jesus entre nós ainda aqui e agora, certamente O acharemos com maior segurança na madrugada do dia 25 apoiando e reconfortando, das Luzes magníficas das dimensões que nos cercam, as dores, o desamparo e o desconsolo dos desvalidos do que entre aqueles que, segundo Suas mesmas palavras, são para por ora serem deixados a si mesmos, pois que já obtiveram a sua recompensa!

Uma data de paz familiar, de harmonia e sincera afetividade entre todos os que vos cercam, e endereçados a quem possam beneficiar com os seus mais gratos sentimentos e atos, em mais este Natal e final de ano, e sempre!

http://ccaleidoscopio.blogspot.com/

Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 24/12/2009
Alterado em 30/12/2009
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