CORTINA DE NÉVOAS
De um estacato no tempo, de uma porta do passado tu saíste... tirando-me todo o fôlego e a amnésia prolongada do correr de muitos séculos... De uma cortina de névoas tu surgiste sem aviso, qual miragem... Fugaz ilusão de vida após a longa estiagem... De uma paisagem indistinta tu emerges qual espectro dos meus melhores sonhos... das lágrimas remanescentes... daqueles anos tão tristonhos... Da dimensão tão vizinha da minha, e insuspeitada, tu resgataste a essência de um suposto amor extinto, mas infindo... Ressurrecto... por sob este novo aspecto... De uma cortina de névoas o transtorno; o desatino de esbater-se contra um sonho sem sentido, imersa em dor e paixão... para acordar nos braços desta realidade sem chão... Da janela de um passado tu me estendeste tuas mãos... mas já me escapas... No firmamento fechado destas tormentas do tempo não me tocas... não te alcanço... o teu chamado se esvaí... E desapareces no vento... Com amor, DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS. PROIBIDA A REPRODUÇÃO, CÓPIA OU PUBLICAÇÃO SEM A AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DA AUTORA. Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 20/06/2006
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