Faz um frio de matar
e como a rocha em meio ao mar
eu não quero me importar.
E daí se não deu certo?!
Azeite, se longe ou perto!
Andarilho num deserto
bem desvairado será
em sonhar que, por encanto, areia em água se fará.
Ora, mas o que se dá?!
Eu, de novo, a divagar!
Que me importa se falhar?
De que me vale imaginar?
Pouco me importará se vivo, se morro ou se hiberno
no caldeirão do inferno
ou aqui, neste sofá, só vendo o inverno passar...

Lucilla
em 02/09/1989

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